O que sai da minha garganta
não é um canto
é uma dor,
um desabafo.
A distância entre a minha vontade
e a necessidade do meu corpo
está no teu pensamento.
Teu desejo me vicia,
enlouquece e
abre caminhos,
me dilata a alma.
(22/08/09)
marckson de moraes
terça-feira, 25 de agosto de 2009
O Pássaro.
Não sinto meu corpo
E tu me abandonas a alma.
O pássaro voa.
Durmo com a solidão
E chamo teu nome
O pássaro pousa.
Afogo-me em saudades
E deliro em sonhos
O pássaro canta.
Sigo meu caminho
E te perco na estrada.
O pássaro morre.
(21/08/09)
marckson de moraes
E tu me abandonas a alma.
O pássaro voa.
Durmo com a solidão
E chamo teu nome
O pássaro pousa.
Afogo-me em saudades
E deliro em sonhos
O pássaro canta.
Sigo meu caminho
E te perco na estrada.
O pássaro morre.
(21/08/09)
marckson de moraes
Nós
- Então...
- Até um dia...
Apertamos as mãos e partimos em direções opostas. Sem abraços. Beijos. Ou qualquer troca de carinho que refizesse esse mal entendido.
Não eramos mais aqueles jovens que, juntos, desafiavam o mundo. Não tínhamos mais o calor da paixão. A cumplicidade. O mesmo caminho. Agora cada um procurava um porto. Velejava pelo mundo de incertezas que a vida nos reserva.
Eu me afogando de trabalho. Sufocando-me na faculdade. Perdido entre pensamentos submersos em tudo aquilo que planejamos. Ele querendo viajar. Sumir no mundo. Evaporar de mim.
Tudo o que eu fazia sempre me lembrava ele. O café forte, tirar a casca do limão para fazer uma caipirinha, o macarrão meio durinho, al dente eu sempre dizia. Minhas coisas eram suas coisas, meus gostos seus desejos, minhas preferências suas escolhas. Definitivamente seriam dias difíceis.
Teríamos de voltar a uma vida deixada pra trás, uma vida solitária. Quando fazíamos algo sem pensar em alguém, quando o prazer próprio era nosso único sentimento.
Não deu certo. Não demos certo. Uma relação que se consolidou, mas faltou algo. Sempre falta algo. Mas, nunca buscamos nada.
Tentamos nos reconstruir em corpos alheios. Sobreviver de salivas estranhas. Passear por caminhos tortuosos na esperança de nos encontrarmos. Em vão...
O que foi teu agora a mim pertence. É assim que eu encaro esse vazio que sinto ao dormir. Essa solidão amiga que me acompanha a largos e pesados passos.
Não te perdi, porque eu sei que sempre estais comigo como o orvalho para a flor, o vento que conduz a nau, as estrelas que guiam os ciganos ou a montanha ao eremita.
E fico feliz em saber que apesar de tudo pertencemos um ao outro. Nada e nem ninguém mudará isso. Seremos eternamente um do outro. Embora não mais carnalmente. Duas almas que o mundo separou.
(13/08 /2009)
marckson de moraes
- Até um dia...
Apertamos as mãos e partimos em direções opostas. Sem abraços. Beijos. Ou qualquer troca de carinho que refizesse esse mal entendido.
Não eramos mais aqueles jovens que, juntos, desafiavam o mundo. Não tínhamos mais o calor da paixão. A cumplicidade. O mesmo caminho. Agora cada um procurava um porto. Velejava pelo mundo de incertezas que a vida nos reserva.
Eu me afogando de trabalho. Sufocando-me na faculdade. Perdido entre pensamentos submersos em tudo aquilo que planejamos. Ele querendo viajar. Sumir no mundo. Evaporar de mim.
Tudo o que eu fazia sempre me lembrava ele. O café forte, tirar a casca do limão para fazer uma caipirinha, o macarrão meio durinho, al dente eu sempre dizia. Minhas coisas eram suas coisas, meus gostos seus desejos, minhas preferências suas escolhas. Definitivamente seriam dias difíceis.
Teríamos de voltar a uma vida deixada pra trás, uma vida solitária. Quando fazíamos algo sem pensar em alguém, quando o prazer próprio era nosso único sentimento.
Não deu certo. Não demos certo. Uma relação que se consolidou, mas faltou algo. Sempre falta algo. Mas, nunca buscamos nada.
Tentamos nos reconstruir em corpos alheios. Sobreviver de salivas estranhas. Passear por caminhos tortuosos na esperança de nos encontrarmos. Em vão...
O que foi teu agora a mim pertence. É assim que eu encaro esse vazio que sinto ao dormir. Essa solidão amiga que me acompanha a largos e pesados passos.
Não te perdi, porque eu sei que sempre estais comigo como o orvalho para a flor, o vento que conduz a nau, as estrelas que guiam os ciganos ou a montanha ao eremita.
E fico feliz em saber que apesar de tudo pertencemos um ao outro. Nada e nem ninguém mudará isso. Seremos eternamente um do outro. Embora não mais carnalmente. Duas almas que o mundo separou.
(13/08 /2009)
marckson de moraes
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