Arranquei a última página do livro que e a minha vida. Apesar da capa arranhada, das folhas amassadas e manchadas por café e cigarros – os meus companheiros dos últimos dias junto com a insônia de viver – é um livro que não merece ser esquecido. Pode ser guardado na escrivaninha junto aqueles best-sellers, ou entre os clássicos, revistas, álbuns, papéis, até mesmo coisas inúteis que todo mundo sempre tem a vista quando precisa de espaço, mas muito importantes. Porque a vida se faz assim, das coisas que vamos guardando.
Não quero nada exclusivo, como obra rara de uma biblioteca numa redoma que ninguém possa manusear. Quero ser lido, folheado, tocado, sentido, decifrado. Podes me guardar naquele baú que tens para o que não te interessa mais. Só quero um espaço seu onde eu possa ficar esperando, mesmo que não queiras, escrever essa folha de papel em branco que te dei.
23/01/2009
marckson de moraes
Não quero nada exclusivo, como obra rara de uma biblioteca numa redoma que ninguém possa manusear. Quero ser lido, folheado, tocado, sentido, decifrado. Podes me guardar naquele baú que tens para o que não te interessa mais. Só quero um espaço seu onde eu possa ficar esperando, mesmo que não queiras, escrever essa folha de papel em branco que te dei.
23/01/2009
marckson de moraes